Supremo ouve testemunhas de defesa de acusados de integrar a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder

  • 22/05/2025
(Foto: Reprodução)
Os depoimentos das testemunhas do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe vão até o dia 2 de junho. Testemunhas de defesa começam a prestar depoimento na ação sobre tentativa de golpe A Primeira Turma do STF começou a ouvir as testemunhas de defesa dos acusados de tentar um golpe de estado para manter Jair Bolsonaro no poder depois da derrota nas urnas. Nesta quinta-feira (22) foi o dia das testemunhas indicadas pelo delator: o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente. A defesa prévia de Cid já tinha sido enviada por escrito ao Supremo. Os advogados afiram que ele apenas cumpria ordens de Bolsonaro e que não estava diretamente envolvido nas tratativas de ruptura democrática. Das oito testemunhas de defesa, o general Flávio Alvarenga foi o único que não compareceu nesta quinta-feira (22) e acabou dispensado pelos advogados. Os depoimentos não foram gravados, mas os jornalistas puderam fazer anotações. Todas as testemunhas afirmaram que Cid era um militar que cumpria rigorosamente as missões e que nunca trataram de política com ele e muito menos de uma tentativa de golpe. O general Júlio César de Arruda, primeiro comandante do Exército no governo Lula e que estava no comando da Força no dia dos ataques de 8 de janeiro, também foi ouvido. O general evitou responder questões polêmicas e, em vários momentos, disse que não se lembrava de conversas como as que teve com Cid sobre a invasão das sedes dos Três Poderes ou o plano de assassinato de autoridades. O ministro Alexandre de Moraes quis saber por que o general não cumpriu a ordem de prisão em flagrante, emitida pelo próprio ministro, contra os manifestantes que retornavam da Praça dos Três Poderes para o acampamento em frente ao Comando do Exército depois do dia 8 de janeiro de 2023. O ministro perguntou: “O senhor proibiu a retirada e, dedo em riste, teria dito: ‘O senhor sabe que minha tropa é um pouco maior que a sua, né?’. A ordem judicial acabou sendo cumprida só na segunda de manhã. Isso ocorreu, general?”. O general respondeu: “Ali estava um clima de nervosismo, o senhor sabe disso, o senhor sabe bem disso. A minha função era acalmar. Então eu falei: ‘Isso aí tem que ser feito de maneira coordenada. Vamos fazer isso aí de forma coordenada’. E foi feito de maneira coordenada, como eu disse, de acordo com o ministro da Justiça na época, o ministro Flávio Dino, o ministro Rui Costa e o ministro José Múcio, eu e o coronel Dutra. Foi decidido ali o que fazer. Então, a minha função ali foi acalmar, porque até então e graças a Deus não houve nenhuma morte”, disse o general Júlio César de Arruda. Testemunhas de defesa começam a prestar depoimento na ação sobre tentativa de golpe Reprodução/TV Globo Outra testemunha, o capitão Raphael Monteiro, confirmou que recebeu áudios enviados por Mauro Cid depois da primeira prisão dele, em maio de 2023. Cid fazia críticas às investigações. No depoimento, o capitão disse que: “Para o círculo mais íntimo, Mauro Cid tinha a necessidade de falar coisas, eu penso, muito irrefletidas, fruto de uma defesa, digamos, irracional de sua honra”, disse. O capitão afirmou que é amigo de Cid e que ele ficou triste ao implicar colegas na trama golpista. Nesta sexta-feira (23), os ministros da Primeira Turma do STF vão ouvir as testemunhas indicadas pelas defesas do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, do ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa da reeleição de Bolsonaro, Walter Souza Braga Netto, e do ex-ministro do GSI, Augusto Heleno e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Os depoimentos das testemunhas do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe vão até o dia 2 de junho. LEIA TAMBÉM Bolsonaro, Mauro Cid, Ramagem e Braga Netto: quem eram integrantes do 'núcleo crucial do golpe' Cid se 'abalou' ao implicar colegas e fazia defesa 'irracional' da sua honra a amigos, diz testemunha

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/05/22/supremo-ouve-testemunhas-de-defesa-de-acusados-de-integrar-a-tentativa-de-golpe-para-manter-bolsonaro-no-poder.ghtml


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